domingo, 14 de junho de 2009

“A utilização do computador como recurso de aprendizagem da língua por adultos e por crianças.”

REFLEXÃO


“… é prioritário que os professores sintam necessidade de fazer a sua autoformação e de utilizar esta tecnologia na própria sala de aula. Só assim desenvolverão estratégias motivantes e desafiantes para os seus alunos, integrando estas tecnologias em ambientes de aprendizagem mais ricos e estimulantes.” (CORREIA, Secundino; ANDRADE, Manuela; ALVES, Elisa, 2001, Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação, p.1).

Actualmente, vivemos num mundo em constante mudança que afecta a forma como trabalhamos, como ocupamos o nosso tempo de lazer, como nos relacionamos com os outros e como as informações do mundo que nos rodeia chegam até nós. Somos constantemente submersos por “tsunamis” de informação. Assim, estamos perante o desafio de vivermos e de ter de nos adaptar a uma sociedade em constante transformação.
Nas escolas, tanto no âmbito educativo como no organizacional as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm vindo a assumir um papel cada vez mais influente e imprescindível, sendo notória uma evolução na consciencialização da sua utilização.
“Os computadores provocaram, também, outras formas de ler e geram outros tipos de escrita, pelo que a aprendizagem precoce das tecnologias em relação com a leitura e a escrita pode contribuir para atenuar os efeitos das desigualdades”. (Brochura – As implicações das TIC no ensino da língua).
A inclusão do computador na escola é hoje uma importante e inegável realidade. A interacção computador/aluno é, indiscutivelmente, uma prática de sucesso, pois é uma caixa mágica que oferece uma motivação extra à criança que, de mãos dadas com a tecnologia, caminha a passos acelerados para uma aprendizagem rápida e disciplinada.
Apesar de não substituir o professor, o computador apresenta recursos que facilitam a aprendizagem e o trabalho de quem ensina, uma vez que, o computador deixa de ser um meio de transferir informações e passa a ser a ferramenta com a qual a criança pode formalizar os seus conhecimentos intuitivos. Ao contrário do que muitos pensam, proporcionam aulas mais dinâmicas, estimulando o aluno a pensar, a construir conhecimentos, a criar e a realizar pesquisas através da internet, desde que, evidentemente, exista um acompanhamento regrado e sistemático do trabalho realizado, por parte do professor.
Mas nem tudo é um mar de rosas. Muitas escolas e os seus professores, são confrontadas com computadores que não funcionam, sem manutenção, e sem ligação à internet, ou pelo menos com uma ligação, que nem sempre funciona. A vontade subsiste, mas os meios dificultam.
A educação não tem apenas que se adaptar às necessidades que se apresentam, mas deve assumir o papel de mediadora entre o acesso às tecnologias, o seu uso e as formas de interpretá-las. Saber utilizar as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos é crucial para adquirir e construir conhecimento.
A geração de alunos que está hoje diante de nós, é a chamada geração do “ciberespaço” - da televisão, dos videoclips, dos jogos, do computador. Por Isso, é fundamental construir um ensino que esteja ligado a esta vida social dos alunos, inerente ao seu tempo, incorporando ao processo de ensino-aprendizagem a Tecnologia Educativa.
Assim, este domínio da formação, “ A utilização do computador como recurso de aprendizagem da língua por adultos e por crianças”, permitiu-me reflectir sobre como os alunos encaram, como vivem, como pensam e sentem o seu trabalho, utilizando esta prática pedagógica. Os conteúdos que integram as brochuras TIC são bastante oportunos e são apresentados de forma simples e clara, levando-nos a abordar e reflectir sobre questões variadas e relacionadas com a utilização do computador. Só assim, podemos fazer opções pedagógicas e perceber de que modo o computador pode contribuir para aquisição de um conjunto de competências que favoreçam os alunos a vários níveis:

· Formação pessoal (aprender a viver em comum).
· Domínio dos saberes (aprender a conhecer e aprender a fazer).
· Domínio das atitudes e valores (aprender a ser).

Ainda sobre a utilização do computador, ao longo da formação confirmei, mais uma vez, que este constitui uma fonte de interesse, motivação e envolvimento de professores e alunos, proporcionando a criação de ambientes de aprendizagem muito estimulantes, ajudando a introduzir metodologias mais incentivadoras das actividades pedagógicas. Tudo isto contribuindo para o sucesso educativo dos alunos.
A utilização das TIC tem ainda outras vantagens evidentes, a saber:

· Acesso a informação mais actual, diversificada e disponível em suportes mais atraentes, interactivos e dinâmicos.
· No desenvolvimento da colaboração entre os professores.
· Na possibilidade de troca de experiências entre professores de escolas diferentes.
· No reforço da capacidade de leitura e escrita e de resolver problemas.
· Permite também e no que concerne a alunos com necessidades específicas de aprendizagem: estimular e motivar para a aprendizagem, proporcionando a oportunidade de obter melhores resultados, potenciando a autonomia e auto-estima, reduzindo o risco de insucesso escolar.

Com a ligação à Internet abre-se ainda a possibilidade de participação em actividades/projectos com alunos de outras escolas. Este tipo de actividades/projectos estimulam:

· A produção de textos, desenhos, etc.
· A composição, envio e recepção de correio electrónico;
· A pesquisa de informação;

Sendo as TIC uma área que, pessoalmente, sempre me interessou bastante e onde tenho investido um pouco a minha formação pessoal, frequentando sempre que possível formações nesta área, considerei este domínio muito interessante. Acabou por ajudar-me a perceber ainda melhor a importância da implementação de novos modelos curriculares com maior ênfase em competências transversais, incluindo as TIC como ferramentas potenciadoras e geradoras de novas situações de aprendizagem e metodologias de trabalho.
“Usar adequadamente as TIC na Educação significa desenvolver sentimentos. Essencialmente, desenvolver os sentimentos sobre computadores, o que não significa desenvolver competências sobre aspectos técnicos, reduzindo a utilização das TIC na Educação à descrição dos diferentes softwares usados na Educação ou ao ensino de recursos das ferramentas computacionais; também não se restringe à discussão de aspectos pedagógicos sem vivenciar o uso da tecnologia. O desejável é saber explorar os aspectos pedagógicos por intermédio dos recursos oferecidos pelas TIC. Para que esta articulação aconteça é fundamental que as TIC estejam contextualizadas no sistema educacional e, por conseguinte, na escola, na sala de aula e nas diferentes disciplinas. É o educador, no seu contexto de trabalho, que poderá mais adequadamente explorar as TIC como recurso pedagógico”. (VALENTE, José, 1991, Computadores e Conhecimento: repensando a educação, s/p).
Esta formação e sobretudo o que li e pratiquei sobre este domínio, demonstrou-me claramente que o computador é um instrumento que enriquece muito a prática pedagógica; que o professor precisa estar preparado para o uso desta tecnologia; deve estar sempre o mais actualizado possível; tem que estar motivado pelo desejo de crescer, de aprender, de ensinar e ter consciência da necessidade de criar e inovar constantemente.
Em jeito de conclusão, diria que não devemos esperar que o computador traga uma solução mágica e rápida para a educação, mas certamente, ele poderá ser usado pelo professor como um importante instrumento pedagógico, dando oportunidade ao aluno que amplie o seu conhecimento e a sua criatividade, pois afinal a criatividade não se ensina, constrói-se. Terminaria com um provérbio que em poucas palavras, traduz aquilo que a educação dever ser…

“Diz-me, e eu esquecerei;
Ensina-me e eu lembrar-me-ei;
Envolve-me, e eu aprenderei”.
(Autor desconhecido)

2 comentários:

  1. Acho que o teu blogue está bem pensado e interessante quanto aos materiais.

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  2. Acho que o teu blogue está bem pensado e contém material interessante.

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